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[post 2020] Afinal, os arcanjos também são santos?

Esta pergunta surgiu num das aulas de 2020, e a resposta é sim! Vamos tentar explicar porquê a seguir.

Arcanjo São Miguel | 1631-1637| British Museum

Normalmente, o termo “santo” é aplicado a seres humanos que, de algum modo, se distinguiram e foram reconhecidos como santos pela Igreja. Já os anjos são seres criados por Deus, de natureza puramente espirituais e imortais (embora por vezes se manifestem sob formas visíveis devido à sua missão a favor dos homens). Como vimos na aula 17, na hierarquia dos anjos, os arcanjos destacam-se pelo facto de três deles serem mencionados na Bíblia e, assim, terem um nome próprio e uma “vida”, que resulta de intervenções muito concretas na vida dos homens e de outras figuras sagradas (vejam o exemplo do arcanjo Gabriel na Anunciação a Nossa Senhora).


A sua existência mais palpável, e o seu papel como mensageiros da vontade divina fez com que, desde muito cedo, estes três arcanjos fossem objeto de devoção por parte dos fiéis, conhecendo-se igrejas e capelas que lhes são dedicadas. Nesse contexto devocional, partilham com os santos um papel de intercessores dos fiéis junto de Deus.

Por todos estes motivos, a partir da segunda metade do século XVII, foram honrados com culto litúrgico e inscritos no hagiológio romano / calendário litúrgico com um dia próprio: aquele que já era consagrado a São Miguel, 29 de Setembro, passou assim a ser o dia da festa dos santos Miguel, Gabriel e Rafael, arcanjos.

Ler + | referências na Bíblia:

O arcanjo São Miguel é mencionado em Dn 1: 13, 20; Jdt 9; Apocalipse 12, 7-9. O arcanjo São Gabriel em Dn 8: 15-26, 9: 20-27; Lc 1: 11-38. O arcanjo Rafael em Tob 12: 15.

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